A segunda edição do Hackathon em 2023 aconteceu no último final de semana, entre os dias 30/6 a 2/7, na Universidade Federal de Ouro Preto. Esta foi a primeira vez que o evento foi realizado na instituição e isso só foi possível graças a uma parceria feita entre o Mining Hub e a Universidade.

Os participantes ficaram por 48h ininterruptas, imersos em muito conteúdo e mão na massa, trabalhando para trazer soluções inovadoras para o desafio “Rastreabilidade da origem do minério”, e explorando novos conceitos e ideias possíveis para transformar a mineração no Brasil.

“Essas ferramentas novas como o Hackathon passam a fazer parte do universo da mineração e ajudam a trazer pessoas com mentes que não tenham ‘pré-conceitos’ daquilo que é a mineração, e eu acho que isso é muito importante para o desenvolvimento do setor”, afirma Gregório da Mata, Gerente Técnico Sênior de Metalurgia da AngloGold Ashanti, um dos mentores que esteve junto aos participantes durante o evento.

A sexta-feira (30) já começou com dinâmicas para os grupos se conhecerem. Além da divisão de times, foram promovidos diversos conteúdos e debates sobre o tema do desafio para que os participantes pudessem começar os trabalhos.

Já no segundo dia, com o suporte de diversos especialistas da AngloGold Ashanti, Nexa, Samarco, Morro do Ipê e da startup Beyond Mining, que deram mentorias para os grupos, eles puderam estruturar suas ideias, conectando o conhecimento técnico aos conteúdos de negócios apresentados durante o dia.

No domingo aconteceram as bancas avaliadoras. Pela manhã as equipes expuseram suas soluções a um grupo de jurados na pré-banca, momentos antes da apresentação final, que aconteceu durante a parte da tarde e contou com a presença do professor titular da Escola de Minas da UFOP, José Aurélio Medeiros; do Partnerships & Digitalization Manager da Clariant, Bruno Fecchio; do Diretor Executivo do Mining Hub, Leandro Rossi e do Diretor Técnico na Neo Ventures, Vinicius Roman.

Após duas horas de banca, fomos apresentados às equipes vencedoras desta edição, foram elas: CETEM, Rastreadores e Bakana em terceiro, segundo e primeiro lugar, respectivamente.

“Me impressionou muito o nível técnico das equipes. Tivemos, realmente, soluções 'fora da caixa' que nos surpreenderam e são soluções com um potencial muito grande de serem aplicados na indústria da mineração para a gente conseguir criar valor através da resolução dessa grande questão que é a rastreabilidade”, afirma Bruno Fecchio, da Clariant.

A equipe CETEM apresentou uma solução baseada na análise química do ouro, com a utilização de técnicas de colorimetria para a identificação da origem do produto. 

Já a equipe Rastreadores, segunda colocada, trouxe uma solução que junta automação robótica e inteligência artificial para criar um “score de integridade”. 

Por fim, a equipe Bakana, vencedora desta edição, apresentou a solução que envolve a criação de um Software Ore Trace, juntamente com análise química laboratorial do produto para identificar de qual local aquele material pertence.

 “A gente se sente significativo de alguma forma, não só porque ganhamos o primeiro lugar, mas porque estamos aqui e recebemos uma estrutura que eu não tenho palavras para explicar, superou todas as minhas expectativas. Estou aqui com vários mestres e doutores, pessoas que são exemplos, me ouvindo e eu não sei expressar o quanto isso é importante”, disse Naara Lemos, integrante da equipe Bakana.

Ela ainda finaliza dizendo, “a voz da gente importa, a voz de todo mundo importa por que é com ela que conseguimos mudar as coisas”.

Confira aqui as fotos do evento e outros momentos desta edição, aqui.  

Pará

A próxima edição do Hackathon Mining Hub acontece entre os dias 25 e 27 de agosto, em Belém, no Pará.

As informações sobre inscrições serão divulgadas em breve.